Quem disse que eles não eram poderosos? Com vocês, a Revolução dos Coxinhas.
(Post em atualização contínua, à medida que se desenvolve a Revolução.)
Quando na rua, não peça orientações aos coxinhas. Eles têm um sentido deficiente de orientação espacial.
Coxinhas acham que certos costumes nacionais ficariam mais modernos com símbolos americanos.
Pausa para um registro histórico: os Coxinhas inventaram o Movimento Contra Tudo, simbolizado pelo cartaz do canto inferior esquerdo, “Estou cansado desta m****”.
“A Tipologia dos Coxinhas”, título de um estudo psicológico que marcará época nas Ciências Sociais.
Coxinhas são incrivelmente obedientes. O Anonymous mandou,…
… eles obedecem, …
… embora 90% não saibam o que é “PEC 37″,…
… nem que essa proposta de emenda constitucional é apoiada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Não. Tem que ser muito coxinha. Basta isso.
Coxinhas detonam “tudo que está aí” em público, mas preservam seus valores familiares.
Coxinhas são apartidários e detestam políticos. Seu sonho: uma mão firme e autoritária contra esses exploradores do povo.
Coxinhas têm estranhas afinidades ideológicas.
Coxinhas religiosos, idem.
Coxinhas são impacientes. Esperar pelas eleições demora muito.
Coxinhas são pós-dialéticos linguísticos (calma, eu explico): conseguem realizar a união harmoniosa e perfeita de dois opostos (civis e militares, ditadura e democracia), apenas com palavras.
Coxinhas têm dificuldade de entender conceitos políticos.
Coxinhas não gostam de ler História. Por isso não sabem que só há dois regimes políticos sem partidos: fascismo e ditadura.
Coxinhas têm Estranhos Amigos Mascarados que defendem teses muito queridas da grande mídia (e que a maioria dos manifestantes nem sabe do que se trata).
Coxinhas também têm Estranhos Amigos na grande mídia, que orientam suas manifestações.
Coxinhas acham que o direito de livre manifestação da opinião foi criado somente para eles.
Coxinhas não se importam de pagar mais 20 centavos em serviços essenciais, como no seu smartphone.
As meninas coxinhas fazem de tudo para ganhar um olhar PEC37 dos meninos coxinhas.
E ainda contam com consultoras de moda para protestos.
Coxinhas são adeptos do terrorismo seletivo.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas são cordiais, até na hora do vandalismo.
Coxinhas gostam de ver o mundo de cabeça para baixo. É uma perspectiva legal.
Coxinhas querem justiça, mas seus Estranhos Amigos acham os órgãos da Justiça desnecessários.
Coxinhas não aceitam desaforo. E humilham.
Coxinhas são seletivos em seu gosto musical. E em suas aversões.
Coxinhas exultam nos rituais de batismo de fogo… dos adversários.
Coxinhas adoram posar à frente de monumentos às suas causas.
Coxinhas têm um português, digamos, aperfeiçoável.
Coxinhas execram essa combinação de macumba e música popular.
Negócio de coxinha não é samba no pé, mas no pontapé.
A pose clássica do coxinha (nem precisa ler: todas as mensagens são “encaminhamentos”).
Você chegou tarde, Regina Duarte. Letícia Sabatella já é a Musa dos Coxinhas.
Coxinhas não gostam de nada que atrapalhe o livre trânsito de suas máquinas.
Coxinhas também não gostam de pontos de ônibus, que enfeiam a cidade.
O apurado senso estético dos coxinhas abomina o laranja das latas de lixo.
Para quê cabine de polícia, se os coxinhas são todos ordeiros?
Coxinhas são exigentes em termos de calçados. Vasculham tudo até encontrar um par que lhes sirva.
Coxinhas são modernos: defendem a liberdade em tudo, até para virar na rua e para estacionar.
Coxinhas gostam de ações cinematográficas. Sua aeronave preferida é o helicóptero.
Coxinhas pensam assim: “Se eu acesso meu banco virtual, pra quê essa droga antiquada de banco real?”.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas gostam de exercícios físicos radicais.
A técnica preferida dos coxinhas para fixar conceitos na mente é a repetição.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas gostam de voltar à infância e brincar de esconderijo.
Ator que é coxinha leva fotógrafo para registrar seu momento cívico-fumegante.
Coxinhas são solidários. Uns com os outros.
Coxinhas não gostam de exclusão social: seus Estranhos Amigos merecem sempre o melhor.
Coxinhas adoram filmes americanos… e imitar as cenas de seus ídolos.
E as cenas de efeitos especiais.
Coxinhas têm consciência social: recolhem sempre o lixo.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas são criativos: praticam salto com vara sobre ônibus.
Gesto coxinhesco por excelência: “Toma aí, Bro, um tijolinho pra construir tua casa”.
Coxinhas às vezes não entendem como se dá um processo de votação. Tá valendo.
Coxinhas são pessoas de valores. Em cartazes.
Coxinhas às vezes perdem a linha. Mas isso é raro.
Ahn… Nem tão raro assim.
Não houve espaço para a coxinha escrever: “… e para o botox nos lábios”.
Coxinhas perdem toda a sua rebeldia na hora da foto para o Feice.
Coxinhas têm um senso de humor… peculiar.
Coxinhas, às vezes, acabam conseguindo o oposto do que desejam.
Coxinhas, embora jovens, são saudosistas: adoram voltar no tempo.
E brincar de bolinha de sabão.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas têm forte senso de justiça: não gostam de roubo.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas têm veia artística: gostam de dançar mascarados.
Coxinhas ficam zangados com essa sem-vergonhice de 69.
Coxinhas têm smartphones, por isso não veem necessidade em telefones públicos.
Coxinhas não gostam da exploração do trabalho infantil.
Coxinhas nunca deixam uma despesa sem provimento.
Coxinhas às vezes arriscam produzir obras de arte moderna.
Coxinhas são bons de idioma. Também se expressam bem em sua segunda língua, o português.
Os Estranhos Amigos dos Coxinhas têm boa pontaria.
Os coxinhas adoram maquiar as meninas bonitas.
Coxinhas cometem crimes como impedir a liberdade de expressão e roubar e destruir material alheio, e se sentem pessoas boas e civilizadas.
Coxinhas pedem o fim da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, sem saber que o país perderia dezenas de bilhões de dólares com as indenizações impostas pelos contratos. Coxinhas, às vezes, são distraídos.
Coxinhas têm estranhos hábitos alimentares.
Coxinhas, bem lá no fundo, são gente legal.
Coxinhas consideram esse negócio de “símbolo nacional” meio desnecessário.
Coxinhas politizam seus filhos desde o tempo de carrinho de bebê.
Coxinhas são dramáticos.
Coxinhas, às vezes, são tão carentes…
Coxinhas estão acostumados a mandar em seus subordinados.
Coxinhas gostam de moleza.
Coxinhas não perdem a oportunidade de afirmar seu status especial.
Numa passeata de coxinhas, não poderia faltar ele, o coraçãozinho.
Coxinha, quando põe sua máscara-símbolo, a gente até perdoa o erro de concordância.
Coxinhas, às vezes, têm opções bem limitadas.
Coxinhas são tão autoconfiantes, que a gente perdoa o esquecimento do acento.
Coxinhas adoram frases feitas, mesmo que não façam sentido.
Os coxinhas são informáticos e performáticos.
Coxinhas acreditam nas técnicas da literatura de autoajuda.
Coxinhas fazem de tudo uma passarela.
Coxinhas têm certa dificuldade de entender a função de cada uma das profissões.
Ser coxinha é ser diferenciado. O dele tem acento.
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