12 de jun. de 2013

A TORCIDA DO AZAR




Por Geraldo Elísio
“Alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo” – Antigo refrão dos palhaços circenses.



A elite dominante brasileira não raras vezes centralizou acusações às esquerdas brasileiras de torcer pelo quanto pior melhor, objetivando intenções de Poder.

Agora o mote se repete com o ex-governador e atual senador por Minas Gerais, Aécio Neves, engrossando as fileiras do quanto pior melhor e criticado até pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Lógico, não é de se supor os adversários torcendo pelos contrários, mas quando se trata do futuro de uma nação o comportamento é absolutamente outro.

Além do mais, Aécio Neves não é precisamente um exemplo de quem tenha dado certo em sua administração. Largamente acusado de ser usuário de cocaína, com várias internações no Hospital Mater Dei. Ligado a um rosário de mortes de jovens atraídas para festas de embalo, e não exatamente um primor em termos de ética e transparência, portador de contas em paraísos fiscais. Aécio em dupla com sua irmã Sinhá Andréa Goebbels Neves, a Mãos de Tesoura, elevaram o nível da censura de imprensa em Minas Gerais aos patamares do paroxismo. 
Lógico, o direito de resposta de pronto fica amplamente garantido ou então ele me processa. Afinal, quem não deve não teme. Se não o fizer é de se supor que a razão está comigo.

Que ele também explique a construção de dois estádios de futebol, o gasto com dois bilhões de publicidade para comprar silêncios ou elogios, a construção da Cidade Administrativa e todos os seus imbróglios. Isto no Estado que é o campeão nacional da dengue, onde a segurança pública é uma peça de ficção e os professores da rede pública são tratados como se fossem cães.

Se não por todas estas mazelas, Aécio e Andréa Neves deviam ser presos pela mais refinada publicidade enganosa. Mas pelo visto as autoridades legislativa e judiciárias, com as honrosas exceções de sempre, entendem que tais capos dei tutti capi suono tutti buona gente.

NOVA VIA

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