No Vermelho
A União da Juventude Socialista de São Paulo (UJS-SP) realizou na terça-feira (7) uma plenária, onde elaborou um calendário de atividades para denunciar as manobras da mídia em relação às acusações de corrupção. Publicada primeiramente pela revista IstoÉ, há mais de duas semanas, a denúncia de formação de cartel que pode ter desviado mais de R$ 577,5 milhões do Metrô de SP, aponta o envolvimento dos governos Covas, Serra e Alckmin.
O e-mail de Serra faz parte da vasta documentação recolhida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, na investigação aberta para examinar a prática de cartel em licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo de 1998 a 2008. O Ministério Público do estado também inicia investigação. Falta os deputados paulistas situacionistas criarem vergonha na cara e instaurarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Estiveram presentes na plenária o vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o jornalista e blogueiro Altamiro Borges, e o deputado estadual e presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, entre outros.
O presidente da UJS-SP Carlos Eduardo Siqueira (Carlão) informa que a entidade elaborou um calendário de intensas manifestações para denunciar o governo paulista envolvido em sérias denúncias de corrupção e com isso romper o silêncio midiático sobre o caso.
“As atividades iniciam no próximo dia 13 e vão até o Dia dos Excluídos, em 7 de setembro”, afirma Carlão. Já no dia 13 começa a jornada de protestos com panfletagens nas estações do Metrô e mobilização nas escolas do estado. “No dia 14, estaremos com a mobilização dos Sindicato dos Metroviários no protesto programado para denunciar o propinoduto e pedir a saída do governador Alckmin”, acentua. Carlão garante que todas as semanas ocorrerão manifestações n o estado para mobilizar a juventude pela apuração dos fatos.
Para complicar a situação dos tucanos, o executivo Nelson Branco Marchetti da Siemens acusa o ex-governador Serra e seu secretário de Transportes, José Luiz Portella, de tentarem um acordo com a empresa em 2008 para evitar que uma disputa empresarial travasse uma licitação da CPTM. A informação foi revelada em um e-mail enviado por um executivo da Siemens a seus superiores na época. Essa acusação faz desmoronar a tentativa de blindagem feita pela mídia tucana.
Mas “é somente com presença nas ruas que poderemos garantir isenção nas investigações e que elas sigam até o fim”, afirma Carlão. Por isso, “a UJS arregaça as mangas mais uma vez e convida a todas as entidades interessadas para participar da campanha do Fora Alckmin com apuração das denúncias” proclama Carlão. Além de denunciar a manobra da velha mídia que proteger seus aliados de sempre, o calendário elaborado promete não dar sossego aos tucanos e pressionar pela CPI e ampla investigação do caso.
O que espanta mais do que a deturpação dos fatos feita pela velha mídia é o silêncio de certos personagens do Supremo Tribunal Federal que gostam de falar mal de partidos políticos, dos movimentos sociais e da esquerda de uma forma geral. Sabem quem é? Será que a corrupção do PSDB tem menos importância?
Fonte: União da Juventude Socialista
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