Depois de investir para montar uma comunidade com 800 mil seguidores no Facebook, jornal 'O Globo' não coloca mais o link para o conteúdo partilhado; decisão vale para outros produtos das Organizações Globo, que se sentia "roubada" pela rede criada por Mark Zuckerberg; ora, mas se não é para compartilhar, que sentido faz estar numa rede social?
As Organizações Globo não compartilham mais links para seu conteúdo divulgado no Facebook, o que tem irritado muito os seguidores das publicações da companhia na rede social. Na avaliação da empresa, o Facebook estava “roubando” audiência das plataformas digitais da Globo, como a Globo.com, o G1 e os sites das revistas da Editora Globo.
A nova política expõe o dilema do conteúdo fechado na era das redes sociais. Os grandes jornais fecham seu conteúdo e, ao mesmo tempo, querem ter milhões de seguidores nas redes. Mas compartilhar pressupõe conteúdo aberto. Leia análise do Webmanario:
Agora é oficial: as Organizações Globo (que detêm a principal operação de TV do Brasil, uma das mais relevantes da internet e importantes braços editoriais no mercado de revistas, jornais e livros) estão desembarcando do Facebook.
A partir de agora, a orientação é que produtos como a Rede Globo, o portal G1 e revistas como a popular Quem (só para citar alguns exemplos) não distribuam mais links dentro do site de Mark Zuckerberg. As páginas continuarão lá, mas insossas, com objetivo meramente institucional.
É uma decisão difícil de explicar e justificar. Diz-se que chegou-se à conclusão de que o Facebook está “roubando” audiência da Globo – mas isso, se verdadeiro, certamente irá se intensificar a partir do momento em que nem mesmo links estarão circulando pelo ambiente frequentado por 75% dos internautas brasileiros.
A menção ao Facebook, por motivos comerciais, já havia sido proibida pela companhia, o que é compreensível – só o apresentador Fausto Silva, bocudo, desafia a norma muitas vezes citando a rede social, inclusive fora de contexto, para mostrar “independência”.
Houve um tempo em que a Globo decidiu criar um microblog próprio, à imagem e semelhança do Twitter – e que fracassou, evidentemente. Agora, resta saber o que vem por aí.
NOVA VIA
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