5 de jul. de 2013

Barbosão sem máscara é igual aos outros




As últimas do Barbosão são de lascar.
Cada um cuida da sua vida, faz o que bem entende, é o que dizem, mas há pessoas que têm de tratar melhor de seus narizes e não fazer tudo o que desejam, como é o caso do presidente do STF.



Ele não se toca que é o representante máximo do Poder Judiciário?
Será que não pode, nos seus raros momentos de folga e lazer, se dedicar a afazeres menos festivos do que assistir a jogos da seleção viajando com recursos do tribunal, ou então menos interesseiros do que arranjar um emprego para o filho, na Rede Globo?

O ex-presidente Lula proporcionou a Barbosão uma daquelas oportunidades que são únicas na vida de uma pessoa, ao indicá-lo a uma vaga de ministro do Supremo.
Barbosão poderia passar para a história: o primeiro presidente negro da mais alta corte do Judiciário brasileiro.


Bastava apenas se ater à discrição que um cargo importante desses exige.
Não se expor em bate-bocas com seus colegas.
Não ser rude, mal-educado, desrespeitoso com eles.
Não xingar jornalistas.


Não frequentar praias badaladas e aceitar ser fotografado ao lado de sua nova namorada.
Nossa, como tem coisas que ele não deveria ter feito...


Em público, Barbosão diz que não pretende, como desejam alguns, ser o candidato da oposição à Presidência no ano que vem.


Em privado, talvez nem seus amigos mais íntimos saibam realmente o que vai na sua cabeça.
Há quem diga que essa exposição pública além da conta faz parte justamente de uma estratégia para torná-lo mais conhecido, mais povão, para consolidar a imagem que tentam criar dele, a do menino pobre - e negro - que virou o sujeito mais importante do país.


O problema é que, ao fazer exatamente as mesmas coisas condenáveis que as outras autoridades - de qualquer um dos Poderes - faz, Barbosão se nivela a elas.


Fica do mesmo tamanho dessa legião de malandros que existe por aí.
Justamente ele, o escolhido para ser, se não a própria reserva moral do Brasil, ao menos o seu guardião.


Triste, muito triste.



NOVA VIA
- com Crônicas do Motta

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