O resultado divulgado agora há pouco pelo IBGE sobre o PIB não mostra que o crescimento da economia brasileira ficou acima das expectativas do “mercado”, que já ruminava com desdém uma previsão de crescimento de 1% nas contas do segundo trimestre de 2013.
Mostra que ficou MUITO acima: 1,5% de expansão, em relação ao primeiro trimestre e 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2012.
Num mundo em recessão, o dobro dos sinais de recuperação que estão sendo saudados em prosa e verso pela mídia nos países desenvolvidos.
A Globo, por exemplo, soltou foguetes quando anunciou, ontem, uma prévia do PIB dos EUA com taxas, respectivamente, de +0,6% e + 2,5% em relação ao primeiro trimestre e ao trimestre correspondente em 2012.
E o resultado só não foi melhor porque a reversão da política de juros do Banco Central brasileiro, sob os aplausos dos comentarista econômicos, impôs arrocho ao crédito, aos investimentos e ao consumo das famílias, além de pressionar o governo a cortar despesas para fazer o tal superávit primário, para o qual lambem os beiços e os rentistas enchem os bolsos.
Olhe lá no gráfico e confira como consumo das famílias e despesas governamentais foram os fatores que seguraram o PIB brasileiro de abril a junho.
Agora vai começar a cantilena que o terceiro trimestre vai ser pior. É possível até que não se repitam os números do segundo, mas a ascensão do PIB anual vai continuar, porque o do terceiro trimestre do ano passado – que é a base de comparação correta para o acumulado – não foi nenhuma Brastemp.
O terrorismo econômico não vai acabar, nem vai se reduzir.
Só o que pode vencê-lo é a coragem de persistir num modelo que arranco nosso país da estagnação crônica que, até dez anos atrás, era a nossa rotina.
Não duvide que vão continuar nos acenando com monstros e fantasmas, inflação, câmbio, superávits.
A nós, porém, o perigo é nos faltar a coragem para avançar pelo caminho que tem dado certo.
A Nova Via - @riltonsp
Nenhum comentário:
Postar um comentário